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Isabel Morais Ribeiro Fonseca

Trás-os-Montes. (...) ESTE

Trás-os-Montes, terra fria

Quente como as castanhas

Das azedas que deixam saudade

Com os mantos feitos de lã

Vê-se um mar de fragas

Num oceano megalítico

Onde ninguém fica

Indiferente certamente

Ama-se, chora-se, ri-se

Vence-se a dor, o luto

De sentimentos singelos

Na saudade da branca neve

Paisagem do lar que se deixa

Para trás dos segredos da natureza

Terra maravilhosa de um mar de pedras

Entre a solidão singela

Reza-se o terço, as alminhas

Sagrada com mil certezas, sepultado

No saborear no pão nosso de cada dia

Este maravilho nevoeiro que ao longe

Se vê entre as giestas, fumeiro

Que mata a fome a quem trabalha a terra

Deste maravilhoso reino que é Trás-os-Montes.



Isabel Morais Ribeiro Fonseca



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