Neste bosque de enganos
Os meus sonhos estão nus
São golpeados por silêncios
Onde em mim te perco ferido
Na nevoenta cinza da ausência
Distância longa de falsas janelas
No corredor nocturno de duvidas
Entre portas abertas agonizadas
De mentiras respirando veneno
Em mim te perco, em mim te fujo
Verdade diluída de tantas cores
Esperança frágil de lágrimas vertidas
Pequenas gotas a caminho do mar
Espaço frio sem consolo algum
Onde o corpo quebra-se de cansado
Nos cristais que se fundem em mim
Em ti venço, encontrado-me em ti
E em mim te perco, cinza nevoenta
De sonhos nus, em passos dados
Que flutuam na memória regressada.
Isabel Morais Ribeiro Fonseca