As amoras são doces como os teus beijos
As silvas ferem-nos como a paixão sem amor
a saudade é como as fragas que o rio passa
E lava o sentimento
As urtigas são como o amor
Quando deixamos de amar picam
A morte é certa perante a dor
O silêncio é a escuridão
Nada mais faz sentido
tu calas-te quando eu choro
Não porque estejas longe mim
Mas por não me queres magoar
Tens medo de tocar-me quando choro
Medo de abraçar-me ficas parado no tempo
Queria que as tuas mãos mergulhassem no meu vazio
Que sussurrasses ao meu ouvido
Timidamente um olhar doce de ternura
Há um tanto da minha dor que tu não podes guardar
Tanto que tu não podes cuidar
Que ficas a ver-me chorar
Abre os teus braços e sente-me
Quero ficar quieta e calada junto a ti..!
Isabel Morais Ribeiro Fonseca